Etiquetagem de Pneus: como ler e entender as etiquetas?

Etiquetagem de Pneus: como ler e entender as etiquetas?

A etiqueta brasileira de pneus fornece informações importantes sobre segurança e meio ambiente sobre cada pneu. Fornece aos consumidores informações valiosas sobre três aspectos-chave do desempenho dos pneus: Resistência e Rolamento, Aderência no molhado e Ruído externo. Vamos te ajudar a entender como cada um deles funciona.

 

RESISTÊNCIA AO ROLAMENTO

A etiqueta mostra neste critério uma graduação de resistência ao rolamento, que vai de “A” até “G”, no qual “A” é o mais eficiente e “G” é o menos eficiente na classe de consumo de combustível. A seta mais escura, indica o nível de performance do pneu.

A resistência ao rolamento é a força que se opõe à rotação do pneu, sendo influenciada principalmente pelo desenho e composto da banda de rodagem.
O consumo de combustível é influenciado pela resistência ao rolamento, o qual resulta em perdas energéticas. Em outras palavras, uma menor resistência ao rolamento significa um menor consumo de combustível e, consequentemente, menores emissões de gases poluentes.

 

ADERÊNCIA EM PISTA MOLHADA

Este critério descreve a capacidade de aderência de um pneu em uma superfície molhada. Dentre os comportamentos esperados pela aderência, podemos citar:

  • Distâncias de frenagem mais curtas;
  • Melhor dirigibilidade em retas;
  • Maior estabilidade em curvas

 

RUÍDO EXTERNO

A etiqueta mostra, neste terceiro critério, uma graduação na qual uma onda representa o pneu mais silencioso e três ondas representam o pneu mais sonoro e menos eficiente.

Para as categorias de veículos:

O ruído é um parâmetro importante e de significativo impacto para o meio ambiente. Consiste no som emitido externamente pelos pneus durante o deslocamento do veículo, o nível sonoro gerado é medido em decibéis.

Uma onda: Veículos de passeio, comerciais leves, caminhões e ônibus: nível de ruído ≤ 69 dB.

Duas ondas: Veículos de passeio, comerciais leves, caminhões e ônibus: 69 dB < nível de ruído ≤ 72 dB.

Três ondas: Passeio: 72 dB < nível de ruído ≤ 75 dB.

Comerciais leves: 72 dB < nível de ruído ≤ 77 dB.

Caminhões e ônibus: 72 dB < nível de ruído ≤ 78 dB

 

ALGUMAS DÚVIDAS COMUNS

 

 – Quais pneus devem ter etiqueta?

Os pneus novos radiais de passeio, comerciais leves, caminhões e ônibus comercializados no mercado brasileiro, produzidos no Brasil ou importados, devem conter a etiqueta.

 – Quais são as exceções?

Não são obrigados a exibir a etiqueta os pneus reformados, pneus de bicicletas, pneus para uso exclusivo em veículos agrícolas, os destinados a veículos de competições, militares, industriais e pneus de empilhadeiras. Além disso, as categorias a seguir foram excluídas dos ensaios de desempenho e também não precisam da etiqueta: pneus de motocicletas, motonetas, ciclomotores, veículos de coleção, pneus diagonais, pneus para uso exclusivamente temporário e pneus para uso profissional em condições “off road” e para uso em eixo trativo de caminhões e ônibus, em condições “on/off road”, ambos com características específicas definidas no regulamento (item 1.1.2 da Portaria Inmetro nº. 544/2012)

 – Pneus em veículos novos também terão etiqueta?

Não. Em veículos novos, a etiqueta não precisa estar afixada no pneu. Porém, os pneus devem estar devidamente certificados e com suas respectivas graduações informadas ao organismo certificador.

 – O que muda para o consumidor?

Na prática, o consumidor já tem acesso a pneus com a etiqueta do Inmetro desde 2015, quando teve início o Programa Brasileiro de Etiquetagem. A etiquetagem dá ao consumidor uma ferramenta de informação adicional no momento da compra, o que facilita a decisão pelo pneu mais adequado às suas necessidades. “A etiquetagem tem o objetivo de passar ainda mais transparência ao consumidor e ajudá-lo a escolher o pneu mais adequado ao seu veículo e tipo de direção”, explica Klaus Curt Müller, presidente da ANIP. Além disso, o regulamento definiu limites mínimos de performance para cada um dos três critérios e que permitem apenas a entrada de produtos no mercado brasileiro que atendam esses limites, trazendo efetivos benefícios à saúde e segurança do usuário, bem como ao meio ambiente.

 – Qual é o impacto para o comércio?

Desde 2015, a indústria passou a disponibilizar pneus com a etiqueta, adequando-se à nova regulamentação. Já os pontos de venda tiveram um período de três anos para vender o estoque sem esses requisitos, bem como as unidades que já possuíam a etiqueta. Agora, a partir de 29 de abril de 2018, todos os pneus novos radiais de passeio, comerciais leves, caminhões e ônibus produzidos no Brasil e importados devem ser vendidos ao consumidor final com etiqueta do Inmetro.

 – Como a etiquetagem afeta a indústria?

“Os fabricantes nacionais já produziam pneus de alta qualidade mesmo antes do início do programa. Desde 2015, além da diferenciação dos produtos no mercado, a etiqueta também passou a ser mais um estimulo à competitividade entre os fabricantes, o que favorece o desenvolvimento e a fabricação de produtos cada vez mais eficientes”, afirma Klaus Curt Müller, presidente da ANIP.

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