
O que acontece (e o que fazer) quando a correia dentada arrebenta
A peça, geralmente feita de nylon e borracha, sincroniza componentes vitais do motor. Veja o que acontece se ela se romper.
“Se a correia dentada arrebentar, qual seria o sinal característico de tal ocorrência? O que deve ser feito?”
Explica: MARCELO ZANELATO, GERENTE DE SERVIÇOS DA RENOVACAR.
Para começar, vale saber para que serve a correia dentada em um motor. Ela movimenta-se entre as polias do virabrequim e do comando de válvulas, e sincroniza as válvulas em relação aos pistões. Sua função é sincronizar a abertura e o fechamento das válvulas com o sobe e desce dos pistões.
Se a correia quebrar com o motor em funcionamento, as válvulas param, deixando de admitir o ar e o combustível e de eliminar os gases da combustão. Como elas param, os pistões se chocam com algumas delas, gerando o ruído intenso e típico do impacto entre metais. Logo o motor vai parar.
Realmente a extensão dos danos no caso de a peça se partir pode causar a “morte” de diversas peças – é daí que vem o alto custo do conserto de que todo mundo fala (e teme).
Dependendo da velocidade em que a quebra ocorrer, na melhor das hipóteses, o motor deverá ser aberto para troca das válvulas e retífica do cabeçote. Mas não é incomum a troca de pistões e bielas, que podem ser destruídos pelo choque com as válvulas.
Para o motorista, não há sinal que antecipe o rompimento além das marcas de desgaste características – que muitas vezes não podem ser vistas quando a correia fica protegida por uma capa. Porém, ressecamento ou montagem errada pode ser fatal ao componente.
A troca preventiva é a melhor providência para evitar essa dor de cabeça. Siga o plano de revisões estabelecido pelo fabricante do veículo. Em geral, a troca é feita entre 40.000 km (no caso de uso severo predominante) e 100.000 km, dependendo do modelo.